Na Europa, brasileiros aprovam atuação da polícia nas manifestações

04:30
Durante algumas das manifestações contra o aumento da tarifa do transporte público realizadas por todo o Brasil, a repressão policial foi muito criticada pelo uso excessivo da força. Em São Paulo, por exemplo, até pedestres e motoristas que não participavam do protesto, no último dia 14, foram atingidos por balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.
Vários brasileiros que vivem no exterior, organizadores de dezenas de manifestações pacíficas por todo o mundo, em apoio aos protestos no Brasil e contra a violência policial, disseram ao R7 que o tratamento recebido por eles dos militares de cada país foi muito eficiente e prestativo.

Em Barcelona, onde a manifestação foi realizada na Praça Catalunya, a maior e de mais circulação da cidade, “a polícia em nenhum momento se aproximou do movimento, apenas realizou sua ronda normal ao redor da praça”, contou Catarina Santos.
— Posso afirmar por experiência própria que a polícia em Barcelona é mais orientada e mais preparada tanto em suas rondas cotidianas como em situações de maiores atos, manifestações ou conflitos justamente pela força dos movimentos contra qualquer tipo de opressão à livre expressão.
Keila Bispo, que vive em Dublin, na Irlanda, disse ao R7 que “ao final do ato, as duas mil pessoas presentes agradeceram a polícia e a aplaudiram”, no último domingo (16).
— Muitos ainda deram até flores aos policiais e os cumprimentaram. Foi tudo bem pacífico.
Para Hérica Araújo, que mora na cidade portuguesa de Coimbra, “a polícia foi muito gentil e prestativa conosco”. A jovem atribui o comportamento dos militares portugueses tanto à pacificidade da manifestação que ela ajudou a organizar quanto ao treinamento que eles recebem.
— Aqui eles estão mais habituados a lidar com manifestações.
Na manifestação de Lisboa, “a polícia foi muito tranquila (...) havia apenas cerca de cinco policias nos olhando, mas sem se envolverem”, disse Carlos Henrique Manenti, em entrevista por meio do Facebook.
Planejamento
Luis Felipe Fregonezi Ferraz contou ao R7 como os preparos para a manifestação em Pádua, na Itália. “Um dia antes entramos em contato com a polícia responsável pelos imigrantes que vivem na cidade. Informamos o horário do nosso ato e o local”.
— Eles foram muito respeitosos conosco e nos deixaram agir de forma livre, sem impor qualquer restrição.
Na Finlândia, Eduardo Domingues De Jesus, disse que demorou apenas “três minutos” para que a liberação da passeata fosse dada pela polícia.
Theo Anûk, de Vancouver, no Canadá, falou com o R7 enquanto esperava a autorização da prefeitura e da polícia local para realizar a manifestação.
— Mas é tudo muito tranquilo. No evento em Montréal, fiquei sabendo, através dos organizadores, que a polícia os ajudou, guiou e deu segurança durante o trajeto que eles percorreram.

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