O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira que não tentará a indicação do Partido Democrata para disputar a eleição à Presidência do país em 2016, colocando fim a meses de suspense e retirando um obstáculo para a favorita à candidatura democrata à Casa Branca, Hillary Clinton.
"Não serei candidato, mas não vou ficar em silêncio", disse Biden a repórteres na Casa Branca ao lado da mulher, Jill, e do presidente dos EUA, Barack Obama.
"Tenho a intenção de falar claramente e com força para influenciar o máximo que eu puder onde nós estamos como partido e onde precisamos ir como nação", acrescentou.
Ao decidir não concorrer, Biden, de 72 anos, pareceu sucumbir às suas próprias dúvidas sobre se ele e sua família estariam preparados para uma campanha extenuante enquanto estão de luto pela morte de seu filho Beau, que morreu de câncer no cérebro em maio. O filho havia pedido a Biden para disputar a eleição.
A queda recente de Hillary nas pesquisas tinha deixado aberta a porta para uma candidatura do afável Biden, levando a apelos de seus partidários para que buscasse a Presidência.
Mas o que foi amplamente considerado como um bom desempenho de Hillary no debate democrata de 13 de outubro virou a maré de volta a favor da ex-primeira-dama e enfraqueceu as conversas de que ela seria vulnerável na busca pela indicação de seu partido para concorrer às eleições de novembro de 2016.
O apoio a Hillary entre os democratas subiu 10 pontos percentuais após o debate, mostrou uma recente pesquisa Reuters/Ipsos. Ela teve o apoio de cerca de 52 por cento dos participantes da enquete, seguida pelo senador por Vermont Bernie Sanders, com 27 por cento. O apoio a Biden, que estava em 13 por cento, caiu 6 pontos percentuais.
O vice-presidente, que estava ponderando concorrer desde agosto, disse que concluiu que a janela para a montagem de uma campanha bem-sucedida tinha se fechado.
Biden concorreu à Presidência duas vezes, em 1988 e em 2008, tendo desistido em ambas durante o processo de nomeação do candidato democrata. Ele foi senador por Delaware durante mais de três décadas, é popular entre a classe trabalhadora e pode desempenhar um papel importante na eleição se optar por apoiar um dos pré-candidatos democratas.
Também estão na corrida pela indicação democrata o ex-governador de Maryland Martin O'Malley e o ex-governador de Rhode Island Lincoln Chafee.
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